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domingo, 10 de março de 2013

O Conceito de Angústia


A angústia no pensamento de 

Kierkegaard
O filósofo vai buscar no pecado original as causas desse sentimento. O homem, depois de pecar, ganhou a liberdade, o direito de escolher. Mas toda escolha é uma vivência de angústia
Seria a angústia meramente um "sentimento"? Uma espécie de "doença"? Uma inevitável "maldição" sob a qual o ser humano está fadado e que resiste a uma definição precisa? Ou seria tão-somente um "incômodo" que vem e passa? Tentemos esboçar um traço compreensivo sobre como Kierkegaard aborda este afeto humano que tanto assusta como atrai.
Toda vez que nos chega aos ouvidos a palavra angústia é quase inevitável que a associemos a situações que nos deixam ou deixaram angustiados. E essas lembranças, quase sempre, conterão sentimentos e significados de "dor" ou "sofrimento". Apesar de tudo, esse "não sei quê" que desconforta e desassossega, por vezes nos chega, digamos, bem familiar: É como se nos falasse algo de nós mesmos. Mesmo com a incompreensão e o aparente mistério que envolta o estar angustiado, o certo é que sou eu mesmo que estou experienciando (palavrinha vinda da Psicologia que melhor descreve o trânsito de um afeto em nosso espírito) a angústia. Para além da "dor", há "algo" que clama em nós e nos aponta para alguma verdade em nós ou do mundo ao redor. E já que nem sempre sabemos do que trata nossa angústia, o que vem conscientemente é só o desconforto. Você já se sentiu assim? Lembram-se de como, às vezes, sentimos um certo mal-estar e sem nenhum motivo aparente para isso?
Para começarmos a compreender um pouco da angústia, é interessante saber o que a palavra quer dizer em si mesma.
É do latim que provém o vocábulo "angústia" tal como o escrevemos e pronunciamos em nossa língua. De um modo geral, ela indica algo de desconfortável ou doloroso como apertarsufocar, esganaratormentar,estreitar, brevidadeescassezconcisão. Isso sem mencionar que ela é também compreendida como uma espécie de mal-estar, constituindo-se de um medo sem objeto determinado (que é diferente de outros tipos de medo e que possuem um objeto definido. Por exemplo, ter medo de cães, que pode ser um objeto bem definido que dá medo em algumas pessoas) e de sensação física de aperto. O "Aurélio" também define angústia como "estreiteza, limite, redução, restrição; ansiedade ou aflição intensa; ânsia, agonia; sofrimento, tormento, tribulação".


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