Somente uma educação com base na
ironia socrática ou na humildade pode nos levar a descobrir o valor das
discordâncias. Discordar eleva a discussão ao grau de maturidade intelectual em
que ambos estão suscetíveis a mudar de opinião. Discordar, com isso, tira o
ranço de autoridade que há no diálogo entre duas pessoas que se dizem
civilizadas. Discordar fortalece os argumentos que se pretendem afirmar.
Discordar nos permite ir além do óbvio. Discordar põe à prova algumas verdades
estabelecidas. Discordar quebra o gelo num grupo, numa palestra chata ou numa
reunião burocrática. Discordar é também saber aceitar as discordâncias e
contradições no seu discurso, até porque ninguém está totalmente certo nem
totalmente errado. Aliás, quando discordamos, aprendemos que não somos
suficientes, e sim necessários.
Prof. Jackislandy Meira de
Medeiros Silva
Especialista em Metafísica, Licenciado
em Filosofia, Bacharel em Teologia e Pós-graduando em Estudos Clássicos pela
UnB/Archai/Unesco.
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