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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

POR QUE NOS DECEPCIONAMOS COM O AMADO?

Por que nos decepcionamos com o amado?
Por que nos encantamos sentimentalmente por uma pessoa? Ainda não podemos responder integralmente a esta pergunta fundamental.
 Fomos capazes de avançar muito a esse respeito nos últimos anos, de modo que algumas conclusões parciais podem ser muito úteis para que cometamos menos erros.
 Nós nos envolvemos com outra pessoa porque nos sentimos incompletos em nós mesmos. Se nos sentíssemos inteiros e não “metades”, certamente não amaríamos. Sim, porque o amor corresponde ao sentimento que desenvolvemos em relação àquele que nos provoca a sensação do aconchego e completude que não conseguimos sentir quando estamos sozinhos.
 A escolha do parceiro, daquele que irá nos fazer sentir menos desamparado, é repleta de variáveis intrigantes que vão desde o desejo de também nos sentirmos protegidos até aquelas em que precisamos nos sentir úteis e até mesmo explorados.
 Neste momento, estou querendo me ater um pouco ao processo do enamoramento, no encantamento inicial que faz com que uma pessoa “neutra” se transforme em indispensável, sem a qual não podemos imaginar seguir vivendo.
 O processo, que não raramente se dá em poucos instantes, depende de elementos nem sempre detectáveis. É claro que a aparência física das pessoas envolvidas desempenha um papel muito importante no fenômeno do enamoramento. Esse aspecto inicial do encontro amoroso não deve ser confundido com o amor propriamente dito.
 O amor é paz e aconchego ao lado de uma pessoa, ao passo que o enamoramento corresponde ao processo pelo qual esta pessoa é escolhida – e que, como regra, corresponde a um período nada sereno; o amor é uma emoção ansiada, mas que nos chega acompanhado de muitos medos.
 No que diz respeito à aparência física, é claro que o elemento erótico se destaca, especialmente nos homens que têm um desejo visual marcante. Acontece que, por caminhos diversos, muitos são aqueles que guardaram em suas memórias registros de figuras que muito os impressionaram e que se transformaram em modelos ideais com os quais cada nova pessoa conhecida é confrontada.
 Por vezes é algo geral, incluindo a forma do corpo; outras vezes é a cor dos olhos, dos cabelos, o tipo de seio, os quadris. Algo que pode lembrar desde suas mães até alguma estrela de cinema que muito lhes tenha impressionado.
 A verdade é que, por outras vias, as moças também guardam dentro de si indicadores do que elas acham que seja o homem ideal para elas: podem ser esbeltos ou musculosos, intelectualizados ou executivos, voltados para as artes ou poderosos, e assim por diante.
 Todos esses ingredientes incluem elementos eróticos, mas todos eles se transformam, em nossa imaginação, em símbolos dos nossos parceiros ideais. De repente, julgamos ter encontrado um número importante de tais símbolos naquela pessoa que nos passou pela vida. E nos enamoramos.
Assim sendo, o fenômeno do enamoramento se fundamenta em aspectos relacionados com a aparência do outro. É claro que ela costuma ter relação com o que a pessoa é por dentro. Mas a correlação não é absoluta e nem assim completa.
 Conversamos com a pessoa que nos atraiu e, em virtude da atração inicial que sentimos e do nosso desejo enorme de amar, tendemos a ver no seu interior as afinidades e peculiaridades que sempre quisemos que existissem naquele que nos arrebataria o coração.
 Por exemplo: um rapaz mais franzino, mais intelectualizado e voltado para as artes é visto, mais ou menos rapidamente, como emotivo, romântico, delicado e respeitoso, pouco agressivo, que respeita os direitos da mulher e não é exageradamente ciumento. Uma moça se encanta por ele e espera que ele seja portador de todas essas peculiaridades.
 Essa expectativa se transforma, mais ou menos rapidamente, em certeza de que elas existem.
 A moça projeta seus sonhos de perfeição naquele rapaz que tanto a encantou e passa a ter certeza de que as propriedades desejadas estão lá. O fenômeno é o da idealização, pelo qual acreditamos que o outro contenha todas as peculiaridades que dele esperamos.
Sonhamos com o príncipe encantado – ou com uma princesa ideal – e, ao nos enamorarmos, projetamos todos os nossos desejos sobre aquela pessoa. Passamos a conviver com ela e a esperar dela as reações próprias do ser que idealizamos. O que acontece?
 É a pessoa real a que irá agir, reagir e se comportar de acordo com suas efetivas peculiaridades. Não poderemos deixar de nos decepcionar, não obrigatoriamente por causa das peculiaridades efetivas do amado, mas porque despejamos sobre ele todos os nossos sonhos e exigências de perfeição.
 O erro nem sempre está na pessoa e sim no fato de termos sonhado com ela mais do que prestado atenção nela, no que ela efetivamente é.
 Eis aí um bom exemplo dos perigos derivados da sofisticação da nossa mente, capaz de imaginar de uma forma livre e tão grandiosa que a realidade jamais irá alcançar.


Site: http://bit.ly/1fwGvJc

AMOR À SABEDORIA: TRAFICO HUMANO....Para ajudar no Trabalho da Profe...

AMOR À SABEDORIA: TRAFICO HUMANO....Para ajudar no Trabalho da Profe...

TRAFICO HUMANO....Para ajudar no Trabalho da Professora Fátima Português

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

AMOR À SABEDORIA: RAZÕES PORQUE TEMOS MEDO.

AMOR À SABEDORIA: RAZÕES PORQUE TEMOS MEDO.: Quase todos nós temos algum medo de dar certo. A primeira ideia tem a ver com o medo relacionado com a inveja que o sucesso costu...

RAZÕES PORQUE TEMOS MEDO.






Quase todos nós temos algum medo de dar certo. A primeira ideia tem a ver com o medo relacionado com a inveja que o sucesso costuma provocar.
O medo de dar certo também tem a ver com a perda de amigos e até de parentes: eles podem se ressentir e se afastar por se sentirem por baixo.
O medo do sucesso também atiça o medo da felicidade: parece que ela atrairá alguma coisa ruim (no mínimo a perda do que já conquistamos).
É incrível e poderosa essa sensação que temos de que a felicidade atrairá tragédias de toda ordem. É como se não tivéssemos direito a ela!
Por medo da tragédia que viria com o sucesso, nos sabotamos e atuamos contra nós mesmos: grande sucesso pode gerar a autodestruição total!
Nossa sociedade estimula muito todo tipo de comparações: desde a infância fomos comparados com irmãos mais estudiosos e primos mais educados.
Na adolescência nos comparamos com os astros e estrelas do cinema e televisão: sentimo-nos, mais feios, menos charmosos, sem fama e dinheiro.
Comparamo-nos com os colegas que têm mais sucesso nas conquistas eróticas e românticas: o orgulho fica ferido e nos sentimos humilhados.

No clima de comparações, todos olham para os que têm mais e se entristecem; ninguém está feliz com sua cota: só existem copos "meio vazios"!
Gikovate.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Lição de Casa Leopoldo Santana

Respondam:


1) Qual a relação do Matrix e o mito da caverna?

2) Qual seria a prisão do seculo XXI

3) É possível tirar os grilhões? Como?

4) O que significa a Luz na caverna e no Matrix?

5) O que é a Matrix?

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AMOR À SABEDORIA: 1) A liberdade é um direito de todos, mas ela tem seus limites. Até mesmo na filosofia ...

LIÇÃO DE CASA OCTALLES : COMENTE




LIÇÃO DE CASA OCTALLES TURMA MANHÃ SOCIOLOGIA

1) A liberdade é um direito de todos, mas ela tem seus limites. Até mesmo na filosofia sartreana, quando vemos que ele coloca o homem como um ser condenado à liberdade, mas que essa liberdade traz a responsabilidade, ela nos faz pensar em nossas ações. O existencialismo, ao jogar toda a responsabilidade de nossas ações sobre nossos próprios ombros, vê a liberdade da forma mais cruel e desconfortável que existe.
Podemos perceber que a liberdade tornou-se mais um jargão ideológico, alienador, e o pior, que nos divide, impedindo de fazer que os indivíduos se unam. A liberdade tornou-se tudo, menos algo que realmente ajude os homens a se libertarem.


2) Sociedade de consumo é um termo utilizado para designar o tipo de sociedade que se encontra numa avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista e que se caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços, disponíveis graça a elevada produção dos mesmos.
O conceito de sociedade de consumo está ligado ao de economia de mercado e, por fim, ao conceito de capitalismo, entendendo economia de mercado aquela que encontra o equilíbrio entre oferta e demandam através da livre circulação de capitais, produtos e pessoas, sem intervenção estatal.







quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PARA QUE? PARA ONDE?

ARREPENDIMENTO









Arrependimento é termo usado com dois significados: um operacional (por ter tido um resultado ruim) e outro visceral (sincera autocrítica).
O arrependimento operacional não indica mudança no modo de ser da pessoa, que só lamenta ter cometido um erro estratégico que gerou perda.
O arrependimento estratégico é superficial e não garante que haverá mudança: quem trai e só fica mal por ter sido descoberto irá reincidir.
O arrependimento visceral deriva de uma sincera e dolorosa conscientização: gera sofrimento e culpa e uma transformação confiável na pessoa.
A distinção entre o arrependimento operacional e o visceral não se faz por palavras e sim por atitudes constantes ao longo de meses ou anos.
Quem se arrepende de verdade luta para não recair e pode ter uma nova oportunidade até mesmo por parte daqueles a quem magoou profundamente.

Flávio Gikovate

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O MÉTODO DE ENSINO NO ESTADO IDEAL DE PLATÃO







O curso de estudos, para Platão deveria ser de cinco períodos:
1º- dos 3 aos 6 anos:
Prática do pentatlo (Nome coletivo de cinco exercícios que constituíam os jogos da Grécia, em que entravam os atletas: salto, carreira, luta pugilato e disco. Dança e música para ambos os sexos).
2º- dos 7 aos 13 anos:
Introdução paulatina da cultura intelectual e acentuação dos exercícios físicos. A partir dos 10 anos, aprendizagem da leitura e escrita e cálculo por processos práticos. Afasta-se assim dos costumes atenienses que começavam a educação intelectual antes dos 10anos.
3º- dos 13 aos 16 anos:
Período da educação musical. O programa é dividido em duas secções: uma literária, compreendendo gramática e aritmética; outra musical, compreendendo poesia e música. Ensina-se a tocar a cítara e prefere-se a música dórica, enérgica e viril.
4º- dos 17 aos 20 anos:
Período da educação militar. Os jovens deverão adquirir resistência e uma saúde a toda a prova. Será preciso harmonizar a música à ginástica, faziam-se os homens ferozes. Somente com a música, produzir-se-iam os afeminados.
5º- dos 21 anos em diante:
Apenas os jovens mais capazes devem continuar a educação já com carácter superior e baseada nas Matemáticas e Filosofia. Entre eles, selecionam-se os futuros governantes, prosseguindo sua educação até os 50 anos.
Essa educação pode ser distribuída da seguinte forma:
· Dos 21 aos 30 anos: estuda-se com profundidade: aritmética, geometria e astronomia.
· Dos 31 aos 35 anos: predomínio da formação filosófica e dialética, sem prejuízo dos estudos matemáticos.

· Dos 35 aos 50 anos: O magistrado será incumbido de uma função pública e empregará os seus talentos para a prosperidade do Estado. Ninguém será admitido ao governo, antes dos 50 anos de idade.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

MEDO DO FUTURO



Todo espírito preocupado com o futuro é infeliz. O mais corriqueiro dos erros humanos é o futuro. Ele falseia a nossa imaginação, ainda que ignoremos totalmente onde nos leva. Quando pensamos no futuro, nunca estamos em nós. Estamos sempre além.
O medo, o desejo, a esperança jogam-nos sempre para o futuro, sonegando-nos o sentimento e o exame do que é, para distrair-nos com o que será, embora o tempo passe e já não sejamos mais.


Montaigne

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

UM SER EGOÍSTA




O Homem - Um Ser Egoísta motor principal e fundamental no homem, bem como nos animais, é o egoísmo, ou seja, o impulso à existência e ao bem-estar. [...] Na verdade, tanto nos animais quanto nos seres humanos, o egoísmo chega a ser idêntico, pois em ambos une-se perfeitamente ao seu âmago e à sua essência.
Desse modo, todas as ações dos homens e dos animais surgem, em regra, do egoísmo, e a ele também se atribui sempre a tentativa de explicar uma determinada ação. Nas suas ações baseia-se também, em geral, o cálculo de todos os meios pelos quais se procura dirigir os seres humanos a um objetivo. Por natureza, o egoísmo é ilimitado: o homem quer conservar a sua existência utilizando qualquer meio ao seu alcance, quer ficar totalmente livre das dores que também incluem a falta e a privação, quer a maior quantidade possível de bem-estar e todo o prazer de que for capaz, e chega até mesmo a tentar desenvolver em si mesmo, quando possível, novas capacidades de deleite. Tudo o que se opõe ao ímpeto do seu egoísmo provoca o seu mau humor, a sua ira e o seu ódio: ele tentará aniquilá-lo como a um inimigo. Quer possivelmente desfrutar de tudo e possuir tudo; mas, como isso é impossível, quer, pelo menos, dominar tudo: "Tudo para mim e nada para os outros" é o seu lema. O egoísmo é gigantesco: ele rege o mundo.


Arthur Schopenhauer, in "A Arte de Insultar”.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

AMANHÃ



"...A melhor maneira que a gente tem de fazer possível amanhã alguma coisa que não é possível de ser feita hoje, é fazer hoje aquilo que hoje pode ser feito. Mas se eu não fizer hoje o que hoje pode ser feito e tentar fazer hoje o que hoje não pode ser feito, dificilmente eu faço amanhã o que hoje também não pude fazer...!“.


Paulo Freire

VIVER APRESSADAMENTE

                                                                          

A ÉTICA NOS RELACIONAMENTOS

                                      

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

PREJUDICAR O OUTRO



Acho que uma boa metade da população não tem nenhum tipo de freio moral interno: elas não sentem a culpa que deriva da transgressão da norma.
Uma boa parte da população só se comporta de forma conveniente por medo de represálias: são limitadas apenas por força de um freio externo.
Quando a pessoa é limitada em virtude do medo de represálias, só age em concordância com as normas quando existe algum risco de ser punida.
De acordo com as ideias da psicanálise, todos  temos um conjunto de normas e valores interiorizados (Super Ego). Não é o meu ponto de vista.
Os que têm como freio apenas o temor de represálias externas só não roubam quando são vigiados e correm o risco de sofrer graves retaliações.

Os que só temem as represálias externas não sentem qualquer tipo de desconforto pelo fato de prejudicarem a outros: só não querem ser pegos.

Gikovate