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domingo, 29 de junho de 2014

AMOR VIRTUAL OU FANTASIA ?










O sentimento amoroso que se nutre por alguém a quem se conhece apenas pela via virtual é igual ao "amor em fantasia" usual nos adolescentes?
Penso que os relacionamentos amorosos que se estabelecem na internet são bem próximos dos que acontecem na realidade: não acho que seja ilusão.
O "amor em fantasia", frequente nos adolescentes, é unilateral: um jovem se apaixona por alguém que sequer fica sabendo de seus sentimentos!
A impressão que tenho é que os jovens têm muito medo do envolvimento amoroso, pois ele implica ameaça à individualidade que está em formação.
Ao mesmo tempo em que anseiam por um elo afetivo, prezam as recentes conquistas na direção da independência: e, na prática, é ela que prevalece.
Uma solução sutil acaba sendo encontrada: o amor é vivenciado em fantasia enquanto que a individualidade trata de se consolidar na realidade.

O que mais se assemelha ao "amor em fantasia" próprio da adolescência é o vínculo real entre uma pessoa que ama e outra que só se deixa amar,
Gykovate

quarta-feira, 18 de junho de 2014

CAMINHO DO CONHECIMENTO







O Caminho do Conhecimento.

A teoria do conhecimento epicurista caracterizava-se pela valorização da experiência imediata, ou seja, para Epicuro, todo o conhecimento tem como origem as sensações e impressões dos sentidos e todas as sensações são sempre verdadeiras. Por exemplo, um remo se veste dentro da água, possui uma imagem retorcida, porém, se visto fora dela, o remo possui uma aparência reta e plana. Neste caso, qual das sensações estaria correta? Para Epicuro, não há erro, apenas uma precipitação. O remo sempre aparentará ser retorcido, caso visto de dentro da água. Para esclarecer isto, o filósofo utilizado do termo Prolepse, que pode ser entendido como um resquício de percepção anterior, uma espécie de "arquivo de nossa memória." Será a repetição das percepções que irão determinar qual a "verdadeira" forma do remo e construir o conhecimento dentro da ética epicurista.


Diferença entre Epicurismo e Hedonismo

Embora o epicurismo seja uma doutrina muitas vezes confundida com o hedonismo, já que declara o prazer como o único valor intrínseco a sua concepção da ausência de dor como o maior prazer e a sua apologia da vida simples torna-no diferente: o hedonismo, além de levar em conta os prazeres sexuais, incentiva o prazer intensamente, enquanto no epicurismo, o prazer possui papel passivo, na ausência de paixões e na eliminação de qualquer fator que cause o sofrimento ou temor, como a morte.


COMPREENSÃO DA MORTE





Compreensão da morte.

Para acabar com o temor da morte, Epicuro defende a ideia da morte como sendo o nada. A dor e o sofrimento residem nas sensações, na vida como fardo, e se a morte é o total aniquilamento do "viver", o sábio de nada tem a temer. A lógica é que se é a vida e as sensações que causam o sofrimento do indivíduo, a morte existiria para cessar as sensações, ser o nada, a privação total. Portanto, inadmissível aceitar que ocorreria sofrimento, pois a morte ocasionaria o extermínio das sensações.
Compreensão dos desejos
É necessário compreender a distinção entre os desejos naturais e desejos inúteis, infundados ou também chamados de frívolos. Para Epicuro, o desejo se origina da uma falta, que pode partir da natureza (desejo natural) ou de uma opinião falsa (desejo frívolo). Os desejos podem ser divididos em:
Desejos naturais e necessários: são os desejos que livram o corpo da dor da fome e da sede;
Desejos naturais e não necessários: são os desejos que surgem da vontade de variar, por exemplo, o alimento ou a bebida para variar também o prazer do corpo;
Desejos não naturais e não necessários: são os que nascem de uma opinião falsa sobre o mundo, incentivados por sentimentos de vaidade, orgulho ou inveja.
Epicuro tem uma finalidade concreta: a eliminação das dores e a busca dos prazeres, o sábio deveria desejar os objetos simples e naturais e saber que, por ser imperfeito, sentirá dor, inevitavelmente.
O sábio é, portanto, aquele que toma consciência da própria existência e destino, não aceitando o determinismo de nenhum deus. Para ele, o importante na busca é a saúde física e a serenidade interior, ocasionadas pela escolha de quais desejos deverão ser saciados. A felicidade reside, então, na saúde do corpo e da alma, que não pode ser entendida, obviamente, como metafísica, mas parte fundamental da própria existência corpórea. Ser feliz é ter pleno domínio destes prazeres, o que pode ser alcançado com a compreensão da natureza dos deuses, da morte e dos desejos.


EPICURISMO




História

O Epicurismo foi uma corrente matemática surgida durante o período da Antiguidade conhecido como Helenismo que se inicia no final do século IV a.C.. "Trata-se, portanto, do período iniciado com a formação dos reinos que dividiram entre si o império de Alexandre, o Grande, e que durou até a conquista romana, em 146 a.C., quando a Grécia foi declarada província romana. Segundo alguns historiadores, esse período iria até o advento de Augusto e a definitiva consolidação do Império Romano (± 20 a.C.)." 5 Como figura notória deste período, temos Alexandre III da Macedônia, que ficou conhecido historicamente como Alexandre, o Grande. Educado por Aristóteles e familiarizado com a cultura grega, Alexandre foi responsável por conquistar a Mesopotâmia, a Pérsia, a Fenícia, a Palestina e o Egito. Uma de suas técnicas de dominação era realizar a manutenção das instituições culturais dos vencidos, o que resultou na fusão dos elementos culturais gregos e orientais; a esta nova cultura chama-se de Helenismo. A conquista do Oriente provocou uma série de alterações políticas e culturais, e as tendências filosóficas do período são a expressão dessas mudanças, como no caso do Epicurismo.
Princípios Filosóficos
Epicuro viveu as contradições deste novo mundo. Sua filosofia se opôs à Metafísica de Aristóteles, cuja origem ele chama de espiritualismo de Platão, que defendia a ideia de uma dimensão além do sensível, supra-real, ao qual seria o fundamento que constituiria o mundo que vemos, tocamos e participamos. Com uma filosofia determinista, Epicuro defende a ideia que nada está além de nossos sentidos, não existiria nenhuma realidade que não poderia ser entendida com auxílio de nossos cinco sentidos. Este princípio pode ser denominado de "Naturalismo Radical". Para esclarecer este fundamento, que é compreendido por três tomadas de consciência do indivíduo e funciona como um caminho para a felicidade pode dividi-lo em três postulados, segundo o estudioso Juvenal Savian Filho.
Compreensão dos deuses

Segundo a crença dos gregos, os deuses estariam preocupados com o ser humano, sendo responsáveis por suas vitórias ou desraças, o que acarretaria num medo inerente ao homem, que temeria ser punido a qualquer momento por um de seus atos. Epicuro critica esta ideia. Defende que os deuses existem, mas não estão preocupados conosco. Afinal, como afirmam em sua metodologia do conhecimento, os juízos que temos dos deuses não se baseiam em prolepses, isto é, em imagens formadas pelas repetições, que produzem veracidade, e nos permitem chegar em conclusões sobre o real. Os deuses, para alguns estudiosos da filosofia de Epicuro, não tomam consciência dos humanos, afinal, na perfeição não poderia caber à imperfeição, sequer por conhecimento. Se os deuses não se encarregam de nosso destino, benção ou maldição cabe a nos mesmos a responsabilidade. A felicidade ou o sofrimento depende das escolhas de cada um.

O QUE É DISTIMIA?



O que é Distimia?
Sinônimos: Depressão crônica
A distimia é um tipo crônico de depressão no qual a pessoa fica triste regularmente. No entanto, os sintomas não são tão graves quanto os da depressão profunda.
Causas
A causa exata da distimia é desconhecida. Normalmente, ela é hereditária. A distimia ocorre com mais frequência em mulheres do que em homens e afeta cerca de 5% da população.
Muitas pessoas com distimia têm um problema médico de longo prazo ou outro transtorno mental, como ansiedade, abuso de álcool ou dependência de drogas. Cerca de metade das pessoas com distimia também terá um episódio de depressão profunda em algum momento de suas vidas.
A distimia em idosos é muitas vezes causada por:
Dificuldade de cuidar de si
Isolamento
Declínio mental
Doenças
Exames

Seu médico fará um histórico do seu humor e de outros sintomas de saúde mental. O médico também pode pedir exames de sangue e de urina para excluir causas médicas da depressão.

ESTOICISMO E SUICÍDIO






Estoicismo e suicídio

De fato, muitos estoicos se suicidaram, entre eles o próprio Sêneca. É dele o trecho que transcrevemos a seguir, Trata-se do fim da carta "Sobre a Providência Divina", em que ele dá voz a um deus que se dirige aos seres humanos, ensinando-os e aconselhando-os:
 Mas acontecem muitos sobressaltos tristes, horríveis, duros de aguentar.
Como não podia afastar-vos deles, armei vossos espíritos contra todos: suportai bravamente. Nisto vós estais à frente de um deus: ele está à margem do sofrimento dos males, vós, acima do sofrimento.
Desprezai a pobreza: ninguém vive tão pobre quanto nasceu. Desprezai a dor: ou ela terá um fim ou vos dará um. Desprezai a morte: a qual vos finda ou vos transfere. Desprezai o destino: não dei a ele nenhuma lança com que ferisse o espírito.
Antes de tudo, tomei precauções para que ninguém vos retivesse contra a vontade; a porta está aberta: se não quiserdes lutar, é lícito fugir. Por isso, de todas as coisas que desejei que fossem inevitáveis para vós, nenhuma fiz mais fácil do que morrer.
Coloquei a vida num declive: basta um empurrãozinho. Prestai um pouco de atenção e vereis como é breve e ligeiro o caminho que leva à liberdade.
[...]
A isso que se chama morrer, esse instante em que a alma se separa do corpo é breve demais para que se possa perceber tão grande velocidade: ou o nó apertou a garganta, ou a água impediu a respiração, ou a dureza do chão arrebentou os que caíram de cabeça, ou a sucção de fogo interrompeu o respirar; seja o que for, voa. Por acaso enrubesceis?
Passa rápido o que temestes tanto tempo!”

Não no que se refere ao suicídio, é claro, mas no resignar-se a suportar as adversidades da vida, o estoicismo influenciou diretamente a filosofia do cristianismo que floresceria na Idade Média, com o fim do Império romano. Segundo o filósofo contemporâneo italiano Nicola Abbagnano, "ao lado do aristotelismo, o estoicismo foi à doutrina que maior influência exerceu na história do pensamento ocidental. Muitos dos fundamentos enunciados ainda integram doutrinas modernas e contemporâneas".

JUSTIÇA E SOCIEDADE





Segundo Aristóteles, a justiça consiste em atribuir a cada um aquilo que lhe cabe. Injustiça seria a apropriação indevida do que não é seu.
O maior problema para a prática da justiça seria encontrar um meio de se saber exatamente o que cabe a cada um. Aí as opiniões variam muito.
São três os critérios usados quando se pensa numa partição justa dos bens existentes. O primeiro é o da resolução das necessidades de todos.
O segundo critério usado para a divisão das riquezas seria o do merecimento: teriam mais direitos os que se esforçaram e produziram melhor.
O terceiro critério usado para que uns tenham mais direito a riquezas que outros seriam o talento: os melhores dotados teriam o merecido prêmio.
A resolução das necessidades básicas (saúde, alimentação, educação, moradia) é prioridade e projeto comum a todos os espíritos altruístas.
Seria injusto e impossível não contemplar os mais esforçados, produtivos e eficientes, assim como os que são dotados de talentos especiais.

Uma boa solução para o problema seria a constituição de uma sociedade capaz de contemplar os três critérios de justiça na devida proporção.