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quarta-feira, 8 de maio de 2013

PASCAL


 
Pascal se refere a nós como criaturas que não se aceitam (a si mesmas)?

           
Em diversas ocasiões o filósofo demonstra esta afetação e a liga à sociedade e às ilusões de uma vida não autêntica. Leia o que ele escreve em seus Pensamentos.


Não nos contentamos com a vida que temos em nós e no nosso próprio ser: queremos viver na ideia dos outros uma vida imaginária e para isso esforçamo-nos por manter as aparências. Trabalhamos incessantemente para embelezar e conservar o nosso ser imaginário, e descuramos o verdadeiro. E se temos ou a tranquilidade, ou a generosidade, ou a felicidade, apressamo-nos a apregoá-lo, a fim de atribuir estas virtudes ao nosso outro ser, e se fosse preciso estaríamos prontos a despojar-nos delas para as juntar ao outro; de bom grado seríamos cobardes para adquirirmos a reputação de valentes.
Grande sinal do nada que somos, não nos contentarmos de uma coisa sem a outra, e trocarmos muitas vezes uma pela outra! Pois quem não morresse para conservar a sua honra seria infame.



 Fonte de pesquisa Lúcio Packter,

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