Leia o que escreveu Adorno
A pressa, o nervosismo,
a instabilidade, observado desde o surgimento das grandes cidades, alastra-se
nos dias de hoje de uma forma tão epidêmica quanto outrora a peste e a cólera.
Nesse processo manifestam-se forças das quais os passantes apressados do século
XIX não eram capazes de fazer a menor ideia. Todas as pessoas têm
necessariamente algum projeto. O tempo de lazer exige que se o esgote. Ele é
planeado, utilizado para que se empreenda alguma coisa, preenchido com vistas a
toda espécie de espetáculo, ou ainda apenas com locomoções tão rápidas quanto
possível. A sombra de tudo isso cai sobre o trabalho intelectual. Este é
realizado com má consciência, como se tivesse sido roubado a alguma ocupação
urgente, ainda que meramente imaginária. A fim de se justificar perante si
mesmo, ele dá-se ares de uma agitação febril, de um grande afã, de uma empresa
que opera a todo vapor devido à urgência do tempo e para a qual toda a reflexão
- isto é, ele mesmo - é um estorvo. Com frequência tudo se passa como se os intelectuais
reservassem para a sua própria produção precisamente apenas aquelas horas que
sobram das suas obrigações, saídas, compromissos, e divertimentos inevitáveis.
será que somos vazios ou na verdade nos estamos cheios? ou ainda mais será que agora demos mais espaço?
ResponderExcluirGabriel quando ele diz vazio é conceito de ‘angústia’, para Lacan, tem a ver com a questão da falta, ou melhor,
ResponderExcluircom ‘a falta da falta’. Em seu Seminário sobre a Angústia, ele apóia-se no conceito de
unheimlich (entranho familiar), para mostrar que a angústia surge quando o sujeito é
confrontado com ‘a falta da falta’. Conforme Lacan, a falta é constituinte para o sujeito, é o
que o faz desejar. Logo, a angústia surge quando algo de um tamponamento dessa falta
emerge e deixa o sujeito no vazio (como se a falta pudesse vir a faltar). A angústia tem a ver
como o surgimento do real (no sentido lacaniano) que jogaria o sujeito em um estado de
paralisia, ou seja o vazio seria a falta de algo que não sabemos o que é!
Como Saber Ou Sentir Quando Estamos Vazios Ou Cheios ?
ResponderExcluirA Falta... temos sim, " a falta da falta"; o nosso cotidiano a cada dia que passa se torna mais cheio.
ResponderExcluirE nós sempre procuramos algo para fazer, mesmo que não dê tempo'. mas isso não é na maioria dos casos.
Pois tem gente que tem ate demais a "falta", por não estar procurando, necessitando, o querendo algo'.
Hellen 2° C
ENTÃO HELLEN ESTÁ FALTA DE ALGO É O VAZIO QUE O SER HUMANO SENTE,
ResponderExcluirGeovana Costa, Sabemos que estamos vazios quando sentimos angústia ou seja falta de algo, mesmo cheios de tudo nesta vida ainda assim nos sentimos vazios querida!
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