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quarta-feira, 17 de abril de 2013

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Existe um vazio em nossa época?           

Leia o que escreveu Adorno
A pressa, o nervosismo, a instabilidade, observado desde o surgimento das grandes cidades, alastra-se nos dias de hoje de uma forma tão epidêmica quanto outrora a peste e a cólera. Nesse processo manifestam-se forças das quais os passantes apressados do século XIX não eram capazes de fazer a menor ideia. Todas as pessoas têm necessariamente algum projeto. O tempo de lazer exige que se o esgote. Ele é planeado, utilizado para que se empreenda alguma coisa, preenchido com vistas a toda espécie de espetáculo, ou ainda apenas com locomoções tão rápidas quanto possível. A sombra de tudo isso cai sobre o trabalho intelectual. Este é realizado com má consciência, como se tivesse sido roubado a alguma ocupação urgente, ainda que meramente imaginária. A fim de se justificar perante si mesmo, ele dá-se ares de uma agitação febril, de um grande afã, de uma empresa que opera a todo vapor devido à urgência do tempo e para a qual toda a reflexão - isto é, ele mesmo - é um estorvo. Com frequência tudo se passa como se os intelectuais reservassem para a sua própria produção precisamente apenas aquelas horas que sobram das suas obrigações, saídas, compromissos, e divertimentos inevitáveis.



6 comentários:

  1. será que somos vazios ou na verdade nos estamos cheios? ou ainda mais será que agora demos mais espaço?

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  2. Gabriel quando ele diz vazio é conceito de ‘angústia’, para Lacan, tem a ver com a questão da falta, ou melhor,
    com ‘a falta da falta’. Em seu Seminário sobre a Angústia, ele apóia-se no conceito de
    unheimlich (entranho familiar), para mostrar que a angústia surge quando o sujeito é
    confrontado com ‘a falta da falta’. Conforme Lacan, a falta é constituinte para o sujeito, é o
    que o faz desejar. Logo, a angústia surge quando algo de um tamponamento dessa falta
    emerge e deixa o sujeito no vazio (como se a falta pudesse vir a faltar). A angústia tem a ver
    como o surgimento do real (no sentido lacaniano) que jogaria o sujeito em um estado de
    paralisia, ou seja o vazio seria a falta de algo que não sabemos o que é!

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  3. Como Saber Ou Sentir Quando Estamos Vazios Ou Cheios ?

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  4. A Falta... temos sim, " a falta da falta"; o nosso cotidiano a cada dia que passa se torna mais cheio.
    E nós sempre procuramos algo para fazer, mesmo que não dê tempo'. mas isso não é na maioria dos casos.
    Pois tem gente que tem ate demais a "falta", por não estar procurando, necessitando, o querendo algo'.

    Hellen 2° C

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  5. ENTÃO HELLEN ESTÁ FALTA DE ALGO É O VAZIO QUE O SER HUMANO SENTE,

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  6. Geovana Costa, Sabemos que estamos vazios quando sentimos angústia ou seja falta de algo, mesmo cheios de tudo nesta vida ainda assim nos sentimos vazios querida!

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