O Epicurismo foi uma
corrente matemática surgida durante o período da Antiguidade conhecido como
Helenismo que se inicia no final do século IV a.C.. "Trata-se, portanto,
do período iniciado com a formação dos reinos que dividiram entre si o império
de Alexandre, o Grande, e que durou até a conquista romana, em 146 a.C., quando
a Grécia foi declarada província romana. Segundo alguns historiadores, esse
período iria até o advento de Augusto e a definitiva consolidação do Império
Romano (± 20 a.C.)." 5 Como figura notória deste período, temos Alexandre
III da Macedônia, que ficou conhecido historicamente como Alexandre, o Grande.
Educado por Aristóteles e familiarizado com a cultura grega, Alexandre foi
responsável por conquistar a Mesopotâmia, a Pérsia, a Fenícia, a Palestina e o
Egito. Uma de suas técnicas de dominação era realizar a manutenção das
instituições culturais dos vencidos, o que resultou na fusão dos elementos
culturais gregos e orientais; a esta nova cultura chama-se de Helenismo. A
conquista do Oriente provocou uma série de alterações políticas e culturais, e
as tendências filosóficas do período são a expressão dessas mudanças, como no
caso do Epicurismo.
Princípios Filosóficos
Epicuro viveu as
contradições deste novo mundo. Sua filosofia se opôs à Metafísica de
Aristóteles, cuja origem ele chama de espiritualismo de Platão, que defendia a
ideia de uma dimensão além do sensível, supra-real, ao qual seria o fundamento
que constituiria o mundo que vemos, tocamos e participamos. Com uma filosofia
determinista, Epicuro defende a ideia que nada está além de nossos sentidos,
não existiria nenhuma realidade que não poderia ser entendida com auxílio de
nossos cinco sentidos. Este princípio pode ser denominado de "Naturalismo
Radical". Para esclarecer este fundamento, que é compreendido por três
tomadas de consciência do indivíduo e funciona como um caminho para a
felicidade pode dividi-lo em três postulados, segundo o estudioso Juvenal
Savian Filho.
Compreensão dos deuses
Segundo a crença dos
gregos, os deuses estariam preocupados com o ser humano, sendo responsáveis por suas vitórias ou desraças,
o que acarretaria num medo inerente ao homem, que temeria ser punido a qualquer
momento por um de seus atos. Epicuro critica esta ideia. Defende que os deuses
existem, mas não estão preocupados conosco. Afinal, como afirmam em sua
metodologia do conhecimento, os juízos que temos dos deuses não se baseiam em
prolepses, isto é, em imagens formadas pelas repetições, que produzem
veracidade, e nos permitem chegar em conclusões sobre o real. Os deuses, para
alguns estudiosos da filosofia de Epicuro, não tomam consciência dos humanos,
afinal, na perfeição não poderia caber à imperfeição, sequer por conhecimento.
Se os deuses não se encarregam de nosso destino, benção ou maldição cabe a nos
mesmos a responsabilidade. A felicidade ou o sofrimento depende das escolhas de
cada um.
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