A reflexão filosófica
de Agostinho sobre o tempo é uma de suas mais brilhantes análises filosóficas,
a qual o torna, embora sendo um pensador medieval, muito mais contemporâneo do
que muitos outros da atualidade. O modo como Agostinho expõe suas interrogações
com relação ao tempo marca a reflexão ocidental até os dias de hoje.
Questiona Agostinho:
“Que é, pois, o tempo? Quem poderá explicá-lo clara e brevemente? Quem o poderá
apreender, mesmo só com o pensamento, para depois nos traduzir por palavras o
seu conceito? E que assunto mais familiar e mais batido nas nossas conversas do
que o tempo? Quando dele falamos, compreendemos o que dizemos. Compreendemos
também o que nos dizem quando dele nos falam. O que é, por conseguinte, o
tempo? Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a
pergunta, já não sei.”²
Agostinho defronta-se
com algumas dificuldades principais ao falar sobre o tempo: não podemos
apreendê-lo, pois o tempo nos escapa, não conseguimos medi-lo. E também não
podemos percebê-lo.
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