Uma verdadeira lição de vida. Todos nós
passamos por arranhões e quedas na vida. Nesse filme chamado existência humana,
torna-se praticamente impossível sairmos ilesos por mais que sejamos protegidos
na infância, adolescência e vida adulta. Seria o mundo um lugar cruel? Não
necessariamente. Depende da formação, da personalidade e da estrutura familiar
de cada um de nós. Esses são os pilares básicos para construirmos pouco a pouco
a consciência necessária para nos adaptarmos as circunstancias da vida. Ora,
não desejamos certos acontecimentos para nós, no entanto eles acontecem. Uma
criança órfã certamente não desejaria ser órfã, mas vítima das circunstancias,
do destino, da sociedade ou da família ela é. E como lidar com isso? Como lidar
com essa série de acontecimentos que nos atinge a todos, cada um de uma forma e
não depende de nós escaparmos dela ou não? Outro caso seria uma pessoa
acometida com uma doença grave, cujas causas ela não procurou. Somado a esses
pensamentos dir-se-ia que somos todos vitimas? Claro que não. Mas somos
obrigados a concordar que há situações chave em nossas vidas que são como
acontecimentos fatais; Não depende de nós alterarmos a rota daquele
acontecimento. Mais uma vez surge a pergunta: E o que fazer mediante a isso?
Cada um digere de uma forma. Uns utilizam-se da desgraça para tornarem-se
pessoas ainda melhores e servirem de exemplo ao mundo de como é possível ser
feliz mesmo com restrições físicas, financeiras ou emocionais. Outros se
utilizam das mesmas dificuldades para revoltar-se contra o destino, contra as
pessoas, contra Deus. A ideia dessa reflexão não é expor como cada um deve agir
perante as dificuldades da vida, mas sim uma nuance de como as pessoas reagem
diferentemente diante de circunstâncias parecidas. O que fazemos com aquilo que
fazem conosco?
Já paramos para pensar
como nos sobressaímos em situações de mágoa, traição, inveja, ciúme,
desrespeito? Claro que esses tipos de situações podemos nos esquivar, peneirando
as nossas relações. Mas é impossível fugir de tudo. Já na infância em contato
com outros coleguinhas na escola percebemos o quanto as pessoas podem ser
cruéis umas com as outras, seja na prática do bullying, da intolerância, do
preconceito racial ou social. Como se sobressair, para além de um divã de um
psicólogo, ou consultas psiquiátricas toda a intempérie de contrariedades que
sofremos todos os dias? O que fazemos com aquilo que fizeram conosco?
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