O pessimismo pressupõe
uma desesperança no futuro, uma previsão ruim daquilo que sobrevirá, ou, como
encontrado nos melhores dicionários de nossa língua, "uma tendência para
encarar as coisas pelo lado negativo". Mas o que dizer destas palavras:
"A história nos mostra a vida dos povos, e nada encontra a não ser guerras
e rebeliões para nos relatar; os anos de paz nos parecem apenas curtas pausas,
entreatos, uma vez aqui e ali, e de igual maneira a vida do indivíduo é uma
luta contínua, porém não somente metafórica, com a necessidade ou o tédio, mas
também realmente com outros. Por toda parte ele encontra opositor, vive em
constante luta e morre de armas em punho"? O que temos aí: extremo
pessimismo ou puro realismo? Quem dentre nós poderá ser tão otimista ao ponto
de negar a realidade que perpassa a história da humanidade e que pode ser
encontrada, sem grandes dificuldades, em qualquer cena urbana ou privada,
veiculada pelos meios da comunicação ou testemunhada na porta de nossas casas?
O nome Schopenhauer tornou-se quase sinônimo de "pessimismo" ao longo da história da filosofia. A tendência didática de rotular ou categorizar pensadores e correntes de pensamento estigmatizou um filósofo que teve como único e máximo pecado ser honesto para com sua filosofia, que concebe a vida, assim com todos os eventos da existência, como expressões diferentes da Vontade - uma força que apenas quer existir, se evidenciar num mundo que não passa de sua representação. Os quase dois séculos que nos separam de Arthur Schopenhauer, entretanto, talvez ainda não se constituam um obstáculo para uma defesa justa de suas ideias e para o vislumbra mento de aspectos extremamente positivos de sua filosofia.
ResponderExcluir#Quando se trata de falar , realismo , parece ser um pessimismo . Porque com tantas gentes passando dificuldades , entre guerras , e constantes lutas , Ao ver de quem esta com uma visão de um outro lado, aparenta ser um pessimismo .
ResponderExcluir- mas há varias maneiras de interpretar esse ponto !