A "morte de Deus" não deve ser entendida
como uma blasfêmia ou uma afronta gratuita proferida por Nietzsche, como pensam
muitos religiosos. Ela é uma constatação de uma situação histórica do
pensamento ocidental, e seu sentido é bem diferente daquele lhe atribui a
populaça.
Heidegger, citado por Reale (1995, p. 24), afirma que.
"enquanto
entendermos a expressão 'Deus está morto' apenas como a fórmula da descrença,
só estaremos pensando no modo teológico-apologético, renunciando ao objetivo do
pensamento de Nietzsche, ou seja, à reflexão que tende a pensar o que já
aconteceu à verdade do mundo suprassensível e à sua relação com o mundo
sensível."
E Reale (Ibid.) conclui: "A 'morte de Deus',
portanto, significa o desaparecimento da dimensão da transcendência, a anulação
total dos valores ligados a ela, a perda de todos os ideais.”.
REFERÊNCIAS:
REALE, Giovanni. O
saber dos antigos - terapia para os tempos atuais. São Paulo: Edições Loyola,
1995.
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